terça-feira, setembro 12, 2006

Participação em Simpósios de novos escultores

Na foto da esquerda para a direita: Manuel Cruz (escultor e coordenador do Simpósio), Eduardo Pinto (assistente), Paulo Moura (escultor), Paco Pestaña (escultor), Manuel Patinha (escultor)

Reunimos numa pequena conversa os escultores Manuel Patinha, Paco Pestaña e Paulo Moura e fizemos a mesma pergunta a todos sobre o facto de neste simpósio só ter nomes de primeira linha ao nível da escultura internacional, mas termos convidado um jovem escultor como o Paulo Moura.

Os escultores Manuel Patinha, Paco Pestaña e Paulo Moura responderam-nos da seguinte forma:

Manuel Patinha: “Nós também já fomos novos. A minha obra não tem nada a ver com a de outros escultores mais ou menos experientes. Este novo (Paulo Moura) pode juntar ao seu currículum este facto”.

Paco Pestana: “Há alguns anos também nós éramos promessas de artistas”.

Paulo Moura: “É muito positivo o convite a novos escultores”.

Fizemos ainda uma outra pergunta a cada um destes escultores:

O que os moveu a participar neste Simpósio Internacional de Escultura?

E responderam-nos:

Manuel Patinha:

Este Simpósio foi “uma forma de encontrar liberdade, férias e permite aumentar o volume de esculturas em espaços públicos”.

O que o moveu a participar neste Simpósio foi “a necessidade de convívio e de conhecer novos escultores, novas pessoas. É uma experiência magnífica! É uma experiência em todos os sentidos, pois permite conhecer novos lugares como Vinhais que é um local mais inóspito, distante da vida habitual”.

Paco Pestana:

O que o moveu para participar neste Simpósio foi a curiosidade portuguesa, o espírito aventureiro, pescar trutas, observar a paisagem, a comida portuguesa, o contacto com outro país (Portugal), o convívio com os outros escultores e saír da “torre de marfim”.

Segundo este fantástico escultor, “o importante são as relações humanas. A relação que resulta é extra-curricular, é mais humana que artística. Simpósios são relações entre indivíduos – amizade. Falamos de mulheres, pesca, mas também se pratica uma espécie de espionagem industrial ao ver os outros escultores a trabalhar, mas a aprendizagem é mútua. A arte é uma eterna aprendizagem. Mas as esculturas de grande elequência são feitas em segredo, escondidas. As minhas melhores obras nunca são apresentadas em Simpósios. Somos donos das nossas pessoas. O que resta da nossa vida são amigos em vários países, o nos une é a pesca, as trutas, a parte didáctica,... Na arte há o sentido de aprendizagem, do que fazem os outros”.

Paulo Moura:

O Paulo Moura ficou muito satisfeito e está a participar neste Simpósio a par dos grandes nomes da escultura Ibérica com projecção mundial e diz que “é uma grande oportunidade para quem está a começar ter uma obra num espaço público” e que é “bom ter contacto com outros escultores com muito mais experiência.”

Breve Currículum Vitae destes 3 escultores:

Manuel Patinha

Nasceu na Póvoa de Santa Iria, Portugal. Vive em Ferial, Galicia, Espanha, há cerca de 30 anos.

Tem 56 anos e 37 anos de carreira artística.

É um dos mais conceituados escultores a nível internacional, nomeadamente em Espanha e Portugal.

Com 30 anos de actividade artística, dedicou duas décadas à Pintura, cujo carácter pós-surrealista se deveu à estreita colaboração com o pintor Cruzeiro Seixas, com quem realizou uma exposição conjunta em 1982.

Actualmente, uma abstracção geométrica mais liberta e pessoal, impera nos seus Desenhos.

Completando agora uma década, a sua Escultura é hoje o resultado dum apurado domínio da técnica e de um rigor formal sintético.

Neste singular universo criativo, as esculturas de Patinha devolvem-nos para uma remota funcionalidade humana, tornando-se num miradouro privilegiado duma ruralidade ancestral.

Paco Pestana

É espanhol, nasceu em Peredo, Lugo, Espanha e vive em Lugo, Espanha.

Tem 57 anos e mais de 30 anos de carreira artística.

Artista e poeta colaborador na imprensa e revistas de arte, tem realizado mais de cem exposições entre colectivas e pessoais, destacando-se a “Galicia no Tempo”.

Parte da sua obra figura nas seguintes fundações: Gulbekian, Granell, Torrente Ballester, Alcázar Reyes Cristianos de Córdoba, Museo de la Pasión de Valladolid, etc...

Paulo Moura

Nasceu e vive em Carrazeda de Ansiães, Portugal.

Tem 38 anos, aproximadamente 12 anos de carreira artística e formou-se em Escultura na Faculdade de Belas Artes do Porto há apenas 2 anos.

Paulo Moura é a jovem aposta neste importante Simpósio Internacional de Escultura que conta com mais 4 escultores de grande reputação a nível internacional, como Manuel Patinha, Paco Pestana, Carlos Barreira e Paulo Neves.

O jovem escultor Paulo Moura participou no Simpósio de Escultura do Aço como assistente de um dos escultores e o seu talento não passou despercebido à organização do Simpósio e ao escultor Manuel Cruz, que tendo apreciado bastante o trabalho dele, o convidou como escultor para participar neste Simpósio Internacional de Escultura.